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Como a aprendizagem móvel pode colaborar para o desenvolvimento no ambiente de trabalho

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Com a chegada e avanços dos aparatos portáteis, os chamados dispositivos on-the-go, sejam eles smartphones, smartwatches, tablets ou laptops, temos à mão inúmeros recursos que podemos acessar em poucos instantes.

As informações e ferramentas que nos chegam através dos aplicativos e da Internet estão inseridos no nosso dia-a-dia de tal forma que não podemos mais desassociá-los da nossa vida pessoal e profissional. Passamos a maior parte do tempo conectados com esses aparelhinhos, atraídos pelos seus alertas, notificações e alarmes. Eles nos acordam, nos lembram o que precisamos fazer, nos guiam até um determinado destino, nos trazem a notícia do último minuto, nos permitem trocar mensagens, ler artigos e até livros inteiros, ouvir música, cronometrar o tempo, controlar o condicionamento físico e monitorar os batimentos cardíacos, fazer compras, calcular valores, jogar jogos, acessar câmeras remotas, aprender, compartilhar fotos, checar a previsão do tempo, assistir TV, carregar documentos, estacionar em vagas públicas, etc., além de, claro, possibilitar a comunicação, em áudio e vídeo, em tempo real com outras pessoas.

Nas corporações, ignorar essa revolução tecnológica que estamos presenciando nos últimos anos é deixar de atrair profissionais capacitados e ávidos por novos conhecimentos e tendências.   

Os profissionais de Aprendizagem e Desenvolvimento (nova nomenclatura adotada pelas áreas de T&D) que já identificaram a necessidade de conectar o aprendiz ao conteúdo, pelo entendimento de que a aprendizagem pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer hora, independentemente de um sistema de educação formal (ou não formal), saem na frente, sem dúvida.

Isso porque, nesse sentido, o processo de incorporação de novos saberes se dá também pela mediação da tecnologia que está presente na nossa rotina. E agora, com os dispositivos móveis ocupando cada vez mais um papel fundamental no desempenho das atividades cotidianas, o conceito de mobile learning (aprendizagem móvel) precisa ser levado em consideração na hora de desenhar a estratégia de aprendizagem e estruturar os programas de treinamento e desenvolvimento.

Lembro quando o termo blended (misturado, combinado) passou a ser usado na construção de uma trilha de treinamento organizacional, e os conteúdos podiam ser considerados para aplicação presencial, à distância ou blended, combinando o assunto tratado na sala de aula com o auto-estudo. Havia uma linha divisória. Hoje eu enxergo que tudo está blended. O mundo é blended.

A conveniência e a acessibilidade do mobile learning, atreladas ao poder de escolha em decidir qual conteúdo é mais relevante para a necessidade ou interesse de aprendizado atual e individual do aprendiz, tem feito com que esse percentual aumente consideravelmente nas previsões. Na América Latina, por exemplo, o mercado BYOD (bring your own device, traduzido em algo como “traga seu próprio dispositivo”) tem estimativa de crescer de $4.5 bilhões em 2014 para $15,5 bilhões de dólares em 2019. Ainda, de acordo com um levantamento feito pela Ambient Insight – 2014-2019 Brazil Mobile Learning Market, a taxa de crescimento em desenvolvimento de conteúdo para mobile learning no Brasil é de 29,2%, em comparação com os dados anteriores, e estima-se quem em 2019 as receitas devem quadruplicar, lideradas principalmente pelos investimentos das corporações e do governo em aplicativos de aprendizagem desenvolvido no país.

Para que uma estratégia móvel seja eficiente e eficaz e atenda a necessidade de todos os envolvidos no processo, deve-se olhar com atenção para a gestão do conteúdo que é disponibilizado nos dispositivos on-the-go. É preciso que os materiais sejam otimizados para essa experiência de aprendizado móvel e que a biblioteca de treinamento esteja atualizada e direcionada para um público específico, a fim de gerar relevância e ser capaz de envolver o aprendiz. Além disso, monitorar os índices de interação, retenção e aproveitamento do usuário, é vital para entender o comportamento, pontos fortes e necessidades do colaborador e transformá-los em ações que resultem em um ambiente de aprendizagem vivo e propício ao desenvolvimento.

E, com isso, todos ganham, pois o resultado final é a incorporação de novos conhecimentos, habilidades e atitudes que contribuem tanto para o desenvolvimento pessoal e profissional do colaborador, quanto para o alcance dos objetivos do negócio.

 

Caren Sapienza é consultora em aprendizagem e comunicação organizacional, facilitadora, conteudista e especialista em treinamento para força de vendas. É idealizadora na Sapiências Aprendizagem Colaborativa.

 

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